Sério.
Eu estava com idéias interessantes para colocar no meu primeiro contato, neste blog. Sobre Dejavu, sobre Filosofia, sobre Curas inexplicáveis pela “fé”, sobre Sonhos, etc.
Mas hoje, enquanto desmanchava uma caixa de verduras (e carpintaria e marcenaria são ótimas companhias à meditação), ouvi uma música que me levou a desenvolver um pensamento, com sua conseqüente dúvida: Nossas “escolhas” na vida.
Como direi? Nós somos fruto e conseqüência do meio em que vivemos, salvo pequenas alterações que promovemos, por livre vontade ou por mero acaso.
A maioria de nós nasce, cresce e VIVE numa mesma cidade. Escolha? Não. Escolha seria mudar de cidade. Mas porque mudar??? Na maioria das vezes, não há esse porquê. Numa música gaúcha o compositor pede a Deus: “...E de “lambuja” permita que eu nunca saia daqui...” ( “lambuja” é um excedente gratuito – japa – chorinho ). Vai gostar de pago assim lá no RS.
Daí o gajo encontra “ a mulher da sua vida ” no vilarejo onde ambos nasceram, lá em Minas Gerais , SEM CONHECER AS MILHÕES E MILHÕES DE OPÇÕES FEMININAS DISPONÍVEIS no mundo... Porque não saiu do vilarejo... e olha que podem viver e ter filhos, netos, bisnetos.
Assim a assídua moça educada na cristandade encontra o par ideal numa Escola Dominical, moço charmoso, cantor do coral da igreja, primo do pastor, fazendo cursinho para a faculdade de Medicina... O genro que a mãe dela pediu de joelhos... E, via de conseqüência, casam-se.
E o Executivo da Multinacional, paquerador inveterado, cruza um dia com a Manager da holding que tenta açambarcar a sua Companhia numa disputa hercúlea de poder e grana. Um fica fascinado pela “capacidade” da outra e vice versa ao contrário do mesmo jeito igual. Drinques, convescotes, conosquinhos e um motel ou dois depois, casam-se ! Lua de mel no Caribe, apartamento no Guarujá, dois anos de turbulência e separação litigiosa com uma disputa impressionante dos bens do casal.
Quando nos interessamos pelo sexo oposto (isso da forma convencional, antiga, sem prejuízo de outras escolhas) temos milhares de adjetivos a pesquisar, mas via de regra, nos restringimos a dois ou três, quiçá uma sequência razoável deles, tais quais: Beleza, afinidade religiosa, compatibilidade de idade, posição social, chulé, bafo, escolaridade, etc.
Aí é que mora o perigo: DENTRO DO UNIVERSO DISPONÍVEL DE OPOSITORES (CANDITADOS A PARCEIROS) escolhemos o (a) mais próximo, o que melhor convier... e não vamos atrás de mais opções, mundo a fora.
Aí é que casamento é uma aposta no escuro, pois só o tempo mostrará as diversas faces da outra pessoa... algumas são insuportáveis... outras, toleráveis, e outras, adaptáveis ao nosso próprio ego.
Daí é que quando alguém diz que fulano casou, o outro pergunta: “CONTRA QUEM??? ”
Almas gêmeas? Desculpe, mas para quem conhece estatística, é provável que se encontre uma em um milhão... o resto é adaptação...
É isso mesmo. Tenho uma amiga que diz: "Laís, aproveita bem para enxergar os defeitos agora... porque depois que casar você vai ter que ignorá-los muitas vezes... e não adianta reclamar!" ...
ResponderExcluirQuem é a filósofa amiga sua??? KKK ! In veritas, quem ama "não vê defeitos", apenas ama e ampara; ama e faz o outro crescer; ama e está por perto na alegria e na tristeza... O resto é PAIXÃO, e, como dizem os Espanhóis, " JO TE QUIERO", e não "Eu te amo", que é uma fraude total... porque nós DESEJAMOS a outra pessoa, e confundimos isso com AMAR a outra pessoa... isso dá pano prá camisa toda... KKK
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