MONÓLOGO EM P
Pretendendo partir para prosa, pensei particularmente preferir “P”. Propus-me primeiramente prescrever partituras, poemas, poesias, pessoais, pormenorizadas, profundas, parte passageira, perfunctória, porém, permeando parágrafos performáticos, perfazendo, portanto, pequena porcentagem, parca produção, pouco prestativa para provar possibilidade perene.
Parando para perceber porque precisava preencher parênteses, problemas pretéritos, pedi permissão, peguei poderosa parafernália publicada, pitoresca, possante prelação poética, patrimônio passado por pensadores pregressos, principalmente porque pretendia provar paixão pela prosa para pessoas persuasivas, perigosas, polêmicas, primando por produzir permanente progresso, prioritariamente pertinente, procedente.
Pesaroso, pensei: Pudera! Para permanecer puro, pois procuro perceber perspicácia, primeiro preciso precaver pontos perigosos, pois parte perene permanece presa, parte polêmica poderia perecer.
Poderia, parlando privadamente, passar por parlapatão. Pior: por palhaço. Prefiro, portanto, ponderar, parar para projetar padrões praticamente politizados.
Posteriormente parti para Ponta Porã, pretenso pórtico para Paraguai, paguei passagem, providenciei passaporte, prevenindo passar para Pátria Portenha, procurei Pedro Paulo Pontes Pereira, proeminente parlamentar, procurando produzir provas, premissa para programar pormenorizada pesquisa, preço pago por produção própria, porém, precioso prêmio para pessoa perspicaz. Produzi praticamente pouca prosa, pequena porção.
Primando por permanecer padronizado, profissional, parti para Paranaguá, Paraná, provincial paragem, procurando por patrícios prezados, parentes próximos, porém, perplexo, percebi pesados problemas políticos.
Parei para pensar. Porque partilhar pontudas picadas públicas? Pessoas previnidas, prudentes, praticando paciência, policiando-se podem perdurar. Povo porcaria, pugnaz, paranóico, psicótico, pirado, perece!
Poderia propor pacificação? Pouco provável, pois permaneciam profundos penhascos, “pútridas petúnias”, parafraseando Papa Paulo Primeiro.
Pois preferi partir para procurar paz, provavelmente pequeno porto, paragem pitoresca, pavimentação por paralelepipedos, pinheirais, portais pintados, poucos pertences, pescaria, pouca poluição, parca papelada, pequena publicidade, paradeiro pacífico, portanto.
Procurando, pensei: Pirapora! Porém parei para pernoitar por Pindamonhangaba, primeiro ponto, passando por Pirassununga. Pude pensar, pois para praticar poesia, preciso primeiramente paz.
Por prólogo poderia produzir pequena parcela prosaica, parcial, possível prosopopéia, pois permanecendo parnasiano, provisóriamente perdido, precariamente proeminente, provalmente petista.
Precisaria protocolar permissão, porém poderia perder personalidade. Prefiro parar.
Paro, portanto!
(Criei esse texto em uma hora; um auto-desafio depois de ver o conhecido texto em P do "Pedro Paulo, pequeno pintor portugues...).
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